Quando eu era menor, sempre que assistia a qualquer filme, a parte que eu mais gostava costumava ser o começo. Aparentemente não há motivos para isso, mas quando eu começo a pensar mais a fundo, eu sei bem o porquê: eu gostava mesmo era do clima de paz e tranquilidade que apresentava personagens, lugares e situações supostamente corriqueiras, antes de qualquer coisa realmente significativa acontecer na trama.
Eu conheci "Guerra dos Tronos" através de um amigo da faculdade, que falava sobre a série e os livros o tempo inteiro, passava as aulas lendo os volumes de bolso em inglês — com aquele papel nojento de jornal — e praticamente endeusava George R. R. Martin. Ele era tão enfático a respeito disso que eu simplesmente comecei a me incomodar com a série, e pensei que talvez não quisesse me envolver com aquela modinha — e ficar igual a ele, não conseguindo falar em outra coisa.
E quem disser que não tem nenhum apego, que atire a primeira pedra!
Sim, hoje vou falar sobre aquela sensação que todo mundo sente em relação a alguma coisa, ou alguém, que não deixa a gente se livrar daquilo. Pode ser um apego, um apeguinho, ou um apego extravagante. O que importa é que todos sentimos isso algum dia, ou ainda vamos sentir.