Como chegamos à Europa! - Parte 1: Joões-bobos

18:41


Se tem uma coisa que dá vontade de fazer antes de começar a planejar uma viagem é exatamente o contrário do que nos propomos a fazer: nem começar.

É uma bagunça tão grande para conseguir alcançar tudo o que precisamos para fazer uma viagem de grandes proporções que ficamos pensando se realmente vale a pena todo o transtorno de correr atrás de tudo o que é preciso. Só que a verdade é que vale, sim.

De qualquer forma, esse texto não é sobre as questões contemplativas de se ficar em casa versus sair de casa e dar a cara a tapa para o mundo inteiro, mas mais para falar um pouco sobre o processo pelo qual eu e a Ina passamos para chegar onde chegamos - no caso, a pequena e charmosa cidade de Tomar, em Portugal! (Essa aí da foto que abre o texto)

Tudo começou no ano passado (2015, certo?), quando eu e ela estávamos na Bienal do Livro do Rio de Janeiro. Tínhamos conosco uma mala grande para cada um, repleta de roupas e itens diversos que se propunham a significar a nossa mudança para outra cidade. A ideia era nos mudarmos para Curitiba, e a gente tinha até mesmo feito uma festinha de despedida.


Só que, enquanto estávamos na Bienal, entregando flyers para as editoras a respeito dos serviços editoriais que nós prestamos, ficamos nos perguntando se era uma boa ideia. RESPOSTA: Claro que era uma boa ideia, já que Curitiba é uma cidade sensacional e seria apenas uma questão de nos virarmos pra conseguir fazer alguma coisa dar certo. Só que, na hora, ficamos nervosos com as possibilidades e impossibilidades da coisa e desistimos.

Ainda assim, nós dois sabíamos que não poderíamos simplesmente ficar à toa ou vivendo como estávamos vivendo, em uma entressafra de coisas da vida, sem saber para onde ir e feito joões-bobos sem sair do lugar, pendendo para cada lado de uma vez e não caindo pra nenhum.

Nesse momento em que nos víamos de certa maneira postos contra a parede, decidimos pesquisar oportunidades de algum tipo de pós-graduação que se encaixasse nos nossos interesses e não nos custasse a alma. E, depois de pesquisar muito, mas muito mesmo, acabamos descobrindo o Mestrado em Design Editorial do Instituto Politécnico de Tomar que justificava aquela história que nos contavam de que fazer esse tipo de coisa aqui em Portugal era mais barato do que no Brasil. E, fazendo as contas, realmente é.

Quando descobrimos a existência desse mestrado, as inscrições haviam se encerrado há pouquíssimo tempo - o que foi uma pena, mas teria sido muito difícil de fazer tudo o que tivemos de fazer em tão pouco tempo. O que decidimos? Esperar um ano até as inscrições abrirem novamente.


Claro que foi uma decisão polêmica - afinal de contas, um ano é um tempo considerável, e não havia qualquer tipo de garantia de que fosse dar minimamente certo. Mas, de alguma maneira, nós conseguimos sobreviver durante um ano inteiro com alguma tranquilidade, trabalhando com os serviços editoriais em diversas frentes e acompanhando, com o canto do olho, toda a história do mestrado em Portugal e como poderíamos fazer.

Aí a Ina falou "Será que não deveríamos fazer passaportes novos?"; o Fabio respondeu "Não! Os nossos ainda valem até 2018, que é até quando vai o mestrado", e ficou por isso mesmo.

Esperamos até abrirem as inscrições, cujo período era de um mês, para começar a organizar toda a papelada de que precisávamos para nos inscrevermos - incluindo currículo, certificados diversos, documentos de identificação em geral e todo o restante que envolve burocracia. Ah!, como eu amo burocracia! E obviamente a ideia de esperar tanto tempo foi errônea - mas esse blog e essa história não seriam do Fabio e da Ina se a gente tivesse feito as coisas com garantias e com tempo de sobra, né?


Ficamos esperando duas semanas até sair um certificado que eu fazia questão de incluir na minha inscrição por conta de questões burocráticas da Universidade Federal de Santa Maria, e faltando menos de uma semana para terminar o período de inscrições é que a gente enfim se inscreveu. Com direito a dar pane no site do instituto, a não conseguirmos preencher direito alguns campos de formulários, a não termos documentos necessários e uma série de coisas que precisávamos e não tínhamos. O pessoal do IPT ficou com as orelhas quentes atendendo os nossos telefonemas lá do Brasil pra tentar resolver - DESESPERADOS - os inúmeros problemas que encontramos no caminho.

Mas a Ina tá me falando aqui que o texto tá ficando muito comprido para uma "Parte 1", então acho que vou deixar isso por aqui, hoje. Basta dizer que, quando terminamos de fazer as inscrições, eu disse à Ina "Ufa, sorte que a parte mais difícil já terminou" e dei um sorrisinho confiante.

Ah, se eu soubesse como estava errado...

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Postado pelo Fabio
30/11/2016

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4 comentários

  1. Muito bom, Fabio! Fico muito feliz por vocês! :) Aguardo a próxima parte das suas (des)aventuras haha

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    1. Valeu por comentar, Adônis! :D Nós estamos muito felizes em ter conseguido alcançar isso! Pode deixar que em breve vem a segunda parte da história! :D

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  2. No aguardo da proxima parte hihi. Parabéns aos dois pela conquista:p

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    1. Valeu pelo comentário, Sara! :D Pode deixar que em breve sai a segunda parte :)

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