O que esperamos de nós mesmos?

20:03


Recentemente, eu li um livro que ainda não foi lançado - calma, eu sou revisora, não ladra de originais - sobre o fato de que precisamos ter fé em nossas capacidades, reunir nossas forças para resolvermos nossos próprios problemas, incluindo problemas de saúde.


Claro que a confiança na medicina tradicional é importante, mas o que a autora quis dizer é que é mais importante visualizarmos nossa capacidade de resolução dos problemas.
Ai, pensando nisso, eu comecei a refletir sobre essa coisa de estarmos sempre querendo mais e mais, sempre pensando no que os outros conseguem na vida, sobre o sucesso que cada um tem, mas sem querer ser gratos pela nossa própria existência, ou sem querer valorizar nossas próprias capacidades.

Será que é tão ruim ser nós mesmos? Será que munca vamos estar satisfeitos com o rumo das nossas vidas?

Eu acho que estamos completamente errados, na verdade, em querer viver a vida dos outros, ou, por termos acesso às redes sociais, acharmos que elas refletem o que somos de verdade. O que vemos não se passa de uma imagem criada pelas pessoas pra mostrar o que elas querem que os outros pensem, ou seja, que estão felizes. Mas será mesmo que, se passarmos a ignorar todas essas questões, vamos ser mais felizes? Será que vamos conseguir parar de cobrar tanto de nós mesmos e começar a viver de verdade?

A autora, nesse mesmo livro - quando for lançado, eu divulgo o nome e a autora - fala muito
sobre essa questão de não guardar coisas negativas dentro de nós, de deixar a vida fluir
da forma como ela deve. Nesse quesito, ainda é preciso aprender muitas coisas, já que, ao imaginar a vida perfeita dos outros, passa-se a guardar rancor em relação às nossas escolhas e ao que somos. Mas, se deixarmos as coisas se encaixarem da forma como elas deveriam naturalmente, sem pressa para vivê-las, talvez seja possível entender os motivos para nossas vidas estarem do jeito que estão, os motivos para estarmos onde estamos.

O que eu quero dizer é que estamos tão focados nessa correria que o mundo se tornou, que esquecemos que o mais legal dessa vida é que o futuro não nos é visível, que todas as possibilidades ainda estão em aberto, e elas podem ou não ser boas para cada um de nós. Essa aceitação depende do nosso ponto de vista e da forma como encaramos as coisas. Se pararmos para observar o que aconteceu até hoje em nossas vidas, vamos entender que tudo se encaixou de uma forma que nem imaginávamos no passado, e que agora faz total sentido no cenário em que vivemos. Então, será que não estamos pensando muito e sentindo pouco? Será que não estamos “metendo os pés pelas mãos” ao tentar nos impor certas condições que achamos que devemos seguir? Será que não devemos, simplesmente, respeitar a nossa própria personalidade ao invés de sempre acharmos que precisamos ou devemos mudar?

O que eu quero dizer com toda essa reflexão se refere muito mais ao nosso âmago, nossa alma, como queiram chamar. Essa coisinha que fica dentro de nós e que nos possibilita ter sentimentos, caráter, e que define muito de nossa personalidade.


Essa sim é uma parte importante, por isso tentar entender o que queremos de nós mesmos é uma parte importante em ser o que somos. Na verdade, todos sabem, no fundo, mas muitos ignoram por questões diversas, que vão desde a tal da correria da vida urbana, até a vontade da família em querer que você siga por um caminho diferente daquele escolhido.

No fim, nos sentimos como se estivéssemos em um cabo de guerra com nossa própria essência. De um lado, as coisas que estão na moda, que as pessoas consideram certas de uma forma meio genérica; de outro, a nossa personalidade, a nossa vontade mais pura de seguir por outro caminho, o caminho que escolhemos intimamente.

Será que não estamos forçando demais para o lado errado?
Eu começo a achar que esse cabo de guerra vai arrebentar do lado mais fraco. Qual é o seu?

Postado pela Ina.

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2 comentários

  1. Adorei Ina! Me lembrou de uma música do Caetano que diz "cada um sabe a dor e a alegria de ser o que é". E no fim o cabo de guerra sempre sera contra nós mesmos. Saudades, beijos.

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    1. Bem isso, Carol! :) Que bom que tu gostou... eu tento pegar essas preocupações do dia a dia e transformar em algo pra pensar e aprender algo! :D
      Saudades também! Beijos :)

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